Tuesday, February 28, 2006

Anticorpos Monoclonais

Os anticorpos monoclonais são produzidos por fusão de células produtoras de anticorpos e células tumorais de mieloma para um antigénio-alvo específico na superfície (epitopos) das células tumorais.
Têm como vantagens: serem produzidas por clones híbridos derivados de células progenitoras, sendo por isso homogêneos; o método, mediante o qual os hibridomas são produzidos e selecionados, pode ser controlado para se obter especificidade, afinidade e funções efetoras desejadas nos anticorpos, e ainda os hibridomas têm enorme reprodutibilidade.
Os mais utilizados são o Trastuzumab, para o tratamento da neoplasia da mama metastizada e o Rituximab indicado para o Linfoma não Hodgkin de células B de tipo folicular no estádio III-IV, resistente à QT ou recidivante.
As células monoclonais secretoras dos anticorpos são criopreservadas em nitrogênio líquido a –196°C. O fluido extraído das ascites, bem como o sobrenadante celular, são acondicionados em freezer de ultra-baixa temperatura a –70°C. A validade é indeterminada, desde que sejam obedecidos os critérios acima referidos.
Autor: Carlos Gonçalves

Sunday, February 26, 2006

Insulina artificial
A insulina é uma hormona produzida pelas células beta do pâncreas e a sua deficiência é a causa da diabetes.
Hoje em dia esta hormona pode ser prodzida laboratorialmente, com um elevado grau de pureza, através da técnica do DNA-recombinante. Neste caso em particular, esta técnia consiste no isolamento do gene humano responsável pela produção desta hormona, através de enzimas de restrição. Posteriormente, é ligado, através de ligases, a plasmídeos (pequenas moléculas de DNA que não são fundamentais à subrevivência do ser vivo) de uma bactéria (E. coli). Em seguida os plasmídeos são colocados na bactéria e esta torna-se apta à produção de insulinalina, através de um precursor que é fermentado, processado e purificado para a obtenção da insulina recombinante ativa.
Esta técnica trás bastantes vantagens, visto que, é possível produzir insulina mais rapidamente, sendo esta mais barata e com um grau de pureza muito mais elevado do que aquele que se obtinha através da produção anterior a esta, permitindo uma melhor qualidade de vida as pessoas que necessitam dela.
Autor: Carlos Gonçales

Friday, February 24, 2006

Manipulação do DNA dos cloroplasto das plantas

A manipulação do DNA dos cloroplastos das plantas é uma técnica, que permite a produção de transgénicos, sem que ocorra o risco de os genes manipulados serem espalhados na natureza. Isto é possível devido ao facto de que os genes manipulados não se encontrarem no núcleo, mas sim nos organelos citoplasmáticos vegetais responsáveis pelafotossíntese (cloroplastos), que não são transmitidos às gerações seguintes. Este novo método de produção de transgénicos consiste na inserção através de choques a alta velocidade, de micro-esferas de ouro que são recobertas por fragmentos de DNA, que contém o gene de interesse, contra folhas de plantas. Este processo apesar de ser complicado torna-se mais fácil devido à reduzida carga genética dos cloroplastos. não há dúvidas quanto as potencialidades deste nivo método, no campo da produção de plantas trangénicas, apesar de ainda necessitar de alguns melhoramentos.

Autor: Carlos Gonçalves

Baseado em :(http://inventabrasilnet.t5.com.br/clordna.htm)


Thursday, February 16, 2006

Feijão transgênico
"Os pesquisadores transformaram o feijão com o gene defeituoso que codifica a proteína que copia o DNA do vírus- a DNA-polimerase. A função dessa proteína é se ligar ao DNA e copiá-lo. A planta passa, então, a produzir uma proteína "preguiçosa" que se liga ao DNA do vírus, mas não o copia, tomando o lugar da proteína natural do vírus e impedindo que ela faça o seu trabalho. Com essa estratégia, foram obtidas três linhagens de plantas imunes, ou seja, sem os sintomas da doença e sem a presença do vírus. "Já estamos na terceira geração de plantas e todas elas não apresentaram sintomas", disse Aragão. As linhagens de feijão imune já estão sendo introduzidas no programa de melhoramento convencional da Embrapa, como doadoras do gene de resistência."

Wednesday, February 08, 2006

Mamão Transgênico

"A estratégia utilizada foi transformar os mamoeiros com um gene do próprio vírus. Os cientistas se aproveitaram de um mecanismo conhecido como silenciamento de genes. Diferentes organismos apresentam formas diversas de silenciamento. No caso do mamão, a história é semelhante à idéia do feitiço que virou contra o feiticeiro. Parece haver um limite máximo que a planta pode aguentar de "produção" de cada gene. Se acontecer em excesso, a planta passa a destruir o produto intermediário desse gene, o RNA. Com a transferência para o mamão de um gene do vírus, a planta passa a produzir o RNA correspondente. Ao infectar a planta, o vírus insere seu material genético para que também seja produzido. Com isso, passa a existir uma sobrecarga na produção daquele gene, agora presente na planta em dose dupla. A planta não aguenta e "desliga" a produção, degradando o RNA. O próprio gene do vírus contribui para sua destruição. O mamão transgênico tem o mesmo gosto e a mesma aparência do convencional. A única diferença entre eles é que o transgênico tem dois genes a mais -sendo que um deles o torna resistente ao vírus da mancha anelar. Esse gene foi retirado do próprio vírus e incorporado ao genoma (o conjunto de genes) do mamão. O outro gene introduzido é um "marcador", que permite aos pesquisadores distinguir as plantas transgênicas das que não são geneticamente modificadas."

cfr:(http://inventabrasilnet.t5.com.br/mamao.htm)

Eucalipto transgênico

"Espécies de eucalipto foram alteradas geneticamente.O primeiro passo foi incorporar o gene da ervilha à bactéria Agrobacterium tumefaciens. Em seguida, o micróbio é levado a transferir parte do seu genoma localizado num plasmídeo e infectar folhas de eucalipto. Com isso, a bactéria transmite a elas o gene da ervilha, que comanda a produção de proteínas que são enviadas para o cloroplasto. Embora todas as plantas possuam esse gene, sua reinserção no organismo tende a potencializar o aumento da biomassa do vegetal.
O eucalipto recebe também um gene repórter da bactéria Escherichia coli. Quando submetida ao teste histológico (análise dos tecidos vegetais em microscópio), a região da folha transformada com esse gene fica azul e permite observar melhor os resultados. "O gene repórter possibilita visualizar facilmente sua expressão e avaliar a eficiência do método", diz Labate. "A região que não fica azul, por exemplo, indica que as células não estão transformadas."


Tuesday, February 07, 2006

Cana transgênica
"O plantio de uma variedade de cana-de-açúcar geneticamente modificada pode diminuir o uso de agrotóxicos nas lavouras. Pesquisadores brasileiros desenvolveram a cana transgênica resistente à broca, uma das principais pragas que atacam essa planta. Com a utilização da nova técnica, espera-se que os prejuízos provocados pelos insetos possam regredir a patamares inexpressivos.
A planta resistente é obtida a partir da transferência dos inibidores de proteinase dos genes da soja para os da cana-de-açúcar. Esses inibidores são enzimas encontradas em todas as plantas que impedem a ação de proteínas digestivas no intestino dos insetos. Sua ação provoca na broca uma deficiência nutricional aguda que atrapalha seu desenvolvimento, locomoção e reprodução. A técnica permite reduzir gradualmente o uso de inseticidas e manter sob controle uma população de insetos que não provoca maiores danos à lavoura."

Friday, February 03, 2006

Vacina contra tuberculose

"Partindo-se do princípio de que o Mycobacterium tuberculosis, o agente causador da tuberculose, se esconde dentro das células humanas e não é atingido pela ação dos anticorpos, seria necessário estimular os linfócitos T CD8 (uma das principais células de defesa de nosso organismo), capazes de destruir especificamente as células infectadas pelos bacilos. Esses linfócitos são estimulados somente quando os antígenos (proteínas do bacilo) são produzidos dentro de células, os macrófagos, como acontece nas infecções virais.Esse princípio foi o ponto de partida para iniciar o projeto", afirma Célio Silva. Foi tomado um pedaço de DNA (o código genético contendo a mensagem para a célula fazer o antígeno) e inserido num retrovírus fabricado em laboratório pelas técnicas de engenharia genética. As células (macrófagos) infectadas com esse retrovírus recombinante sintetizaram os antígenos, estimularam os linfócitos T CD4 e T CD8 e induziram proteção contra infecção por M. tuberculosis. "O delineamento experimental para fazer a vacina estava estabelecido", declara o pesquisador. De volta para Ribeirão Preto, Célio Silva não mediu esforços para arranjar um sistema mais prático e seguro para fabricar os antígenos dentro das células, uma vez que o processo de infecção com retrovírus era mais um fator de risco para a saúde da população. Por sorte os primeiros experimentos com vacinas gênicas estavam se iniciando em diversas partes do mundo. A vacina de DNA, ou vacina gênica, que está revolucionando o campo, é baseada num pedaço do código genético do agente causador da doença. "Aplicado por meio de injeção intramuscular, esse DNA cria condições para a produção da proteína antigênica pelas próprias células do indivíduo vacinado", segundo Célio Lopes Silva e colaboradores em trabalhos publicados em várias revistas internacionais."

cfr: (http://inventabrasilnet.t5.com.br/tuber.htm)