Tuesday, January 17, 2006

Clonagem
A clonagem tem vindo a ser um assunto bastante debatido nos últimos tempos porque esta levanta problemas de índolo ético-moral, devido à possibilidade que nos dá de criar seres vivos da mesma espécie portadores de DNA idêntico, fazendo com que tenham a mesma fisionomia. Mas isto é na teoria porque na prática não é bem assim, como ja foi provado com a clonagem da ovelha Dolly. De facto a clonagem foi efectuada, mas posteriormente constatou-se que o ser vivo criado possuía bastantes problemas biológicos e as suas células ja tinham a idade do molde. Estes factos levaram à morte da nova/velha ovelha. Para que os caros leitores compreendam melhor a causa deste acontecimento convém perceberem as diferentes fases do processo de clonagem. Desta forma a clonagem é constituida pela enucleação que consiste na extracção do núcleo do oócito ou do zigoto. Esta etapa é realizada cuidadosamente, com uma micropipeta que não deve perfurar a membrana plasmática, que deve estar preservada para receber o novo material genético. Depois é adicionado o carioplasto da célula doadora, também utilizando micropipeta. O carioplasto é o núcleo retirado da célula dadora englobado por uma camada de citoplasma e membrana plasmática. É possível transferir a célula inteira contendo o núcleo que dará origem ao clone. Posteriormente da-se a eletrofusão (choques elétricos de baixa intensidade) é o processo utilizado para fundir o carioplasto ou célula inteira ao ovócito. Para esta fusão existe outro processo: a adição do vírus Sendai inativado. Mas isto não é tão simples como parece. Há vários detalhes que exigem muito cuidado. Por exemplo, é observado que o oócito enucleado permite que o núcleo transplantado tenha mais tempo para se adaptar. O zigoto, como é uma célula fertilizada em que o programa de desenvolvimento do embrião já está em curso, não dá tanto tempo para a adaptação do núcleo transplantado. Mas o zigoto também possui vantagens em relação à ativação do núcleo transplantado que é uma espécie de reprogramação do núcleo para que a célula passe a dividir-se em TODOS os tipos celulares de um organismo.
Este exemplo permite compreender melhor as dificuldades dos cientistas ao efectuarem uma clonagem e permite-nos concluir que a clonagem ainda tem muito para evoluir. (mais informações em: www.iq.usp.br)
Texto escrito por: Carlos Gonçalves

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